quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu sou brasileiro, com muito... com muito o quê?





Hoje acordei pensando sobre quantas razões temos para bater no peito e cantar o hino nacional? Sobre quantos motivos temos para  gritar bem alto que somos brasileiros com muito orgulho, com muito amor?

Conheço vários jovens e adolescentes, cujas atitudes, pra mim, são um exemplo de como a nossa nação não nos dá motivo pra sermos patriota. O maior desejo deles é ir para fora do Brasil, pois acreditam que tudo o que é bom mesmo vem lá de fora. O pensamento em comum é: “Pra que se empenhar por um país que não nos oferece motivos para amá-lo!”. Eles estudam mas não acreditam  na educação; os bandidos se transformam em heróis, porque a polícia na verdade é do time do mal; político é tudo ladrão no submundo do Palácio Central e o Brasil é só um país subdesenvolvido de terceiro mundo.

Esse não é uma atitude isolada. A nossa juventude está sem esperança no futuro do Brasil. Os “caras pintadas” se transformaram em “caras fechadas”.

Percebi então que não precisamos sair de casa para sentirmos o fedor que exala da corrupção em que o nosso país está mergulhado, mostrando o seu estado de putrefação. O governo tenta tampar o sol com a peneira do futebol e do samba, mas deixa claro o paraíso em que o Brasil (um país de todos!)se tornou para àqueles que desejam dinheiro fácil. A política e as leis são compradas por altas somas de dólares. Escândalo após escândalo humilham a nossa nação, amorais inescrupulosos viciados pelo poder nos governam através de um governo de puro clientelismo ordinário na rotina de destemperos da nossa nação.

Que motivos temos para nos orgulharmos desse Brasil? Sua história é toda inventada, e continua sendo manipulada. Precisamos de um novo grito de independência.

Como criticar jovens que crescem vendo seu país afundar na politicagem, onde seus maiores exemplos são os governantes corruptos; os jogadores de futebol que saem do país em busca de uma vida melhor; as mulheres sem pudor, totalmente nuas, nas revistas, televisão e calçadões da cidade; professores, médicos, advogados, policiais, políticos e toda sorte de profissionais que deveriam cuidar do povo, abusando de nossas crianças; as drogas, a violência, a discriminação racial e social. Diga-me que razões temos para cantar o hino nacional? A ordem e o progresso são só poesia. Um futuro melhor para o povo brasileiro ainda não deixou de ser utopia.

Hoje eu não tenho motivo para entoar o hino nacional, pois me sinto um filho abandonado pela amada mãe gentil. Brasileiro sim, mas de orgulho ferido por uma pátria que só tem me feito sentir vergonha.

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